Existem muitos distúrbios que atacam o coração e o diabetes é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. Ele está relacionado ao infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), doenças arteriais periféricas (DAP) e formação de aneurismas.
Quando o diabetes se instala, potencializa outras condições que são determinantes para o surgimento de problemas cardíacos. Com isso, acaba sendo uma espécie de combustível ruim, que pode causar complicações ao organismo se não for devidamente tratado.⁣⁣

Mas, afinal, o que é diabetes?

Conhecido por desequilibrar os níveis de glicose no organismo, o diabetes é uma doença crônica que se caracteriza pela incapacidade de produzir insulina, hormônio responsável pelo controle da quantidade de açúcar no sangue, ou por uma disfunção que não permite ao corpo usar a substância de maneira adequada.
Aproximadamente 23 milhões de brasileiros são diabéticos, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o que representa cerca de 12% da população.
O diabetes pode ser subdivido em dois principais tipos:

  • Diabetes tipo 1
    O diabetes tipo 1 consiste num defeito imunológico genético e acomete principalmente crianças e adolescentes. É considerada uma doença autoimune, ou seja, por alguma razão, ainda desconhecida, o próprio organismo ataca as células do pâncreas, órgão responsável pela produção da insulina.
    Assim, o diabetes aparece quando o pâncreas perde a capacidade de produzir a substância, já que sem ela o açúcar não chega ao destino correto e permanece na corrente sanguínea.
    Geralmente, o diagnóstico é confirmado pela análise do índice glicêmico, que é verificado a partir de um exame de sangue, que pode ser feito em jejum (o mais recomendado) ou não.
    Caso o resultado do exame esteja acima de 126 miligramas para cada 100 mililitros de sangue (126 mg/ml) e esse valor se mantenha em uma segunda análise, há grande chance de uma pessoa ser considerada diabética. Os níveis de índice glicêmico considerados normais variam entre 70 e 110 mg para cada 100 ml.
    Nesse caso, é necessário introduzir a insulina artificialmente e a única forma de fazer isso é por via subcutânea (ou seja, com aplicações diárias).
    Além das injeções aplicadas diariamente, às vezes mais de uma vez ao dia, pacientes com diabetes tipo 1 devem fazer o controle rigoroso da alimentação, com a contagem dos carboidratos que consomem e a aplicação da dose de insulina baseada nisso.
  • Diabetes tipo 2
    O diabetes tipo 2 está relacionado a maus hábitos e afeta majoritariamente adultos. Geralmente, são pessoas sedentárias e obesas, cujo pâncreas “cansa” de produzir insulina.
    Outra razão é o organismo ter maior resistência à insulina, ou seja, a substância que é produzida pelo pâncreas não é bem aproveitada pelas células musculares e adiposas, e consequentemente não consegue desempenhar seu papel com eficiência. Isso acaba fazendo com que a glicose em circulação seja pouco usada pelo corpo e fique concentrada na corrente sanguínea.
    A possibilidade de um indivíduo desenvolver uma doença cardiovascular é muito maior nos casos de diabetes tipo 2, já que a condição potencializa outros fatores que também são determinantes para o surgimento de problemas cardíacos.
    A obesidade, hipertensão arterial (pressão arterial alta), colesterol e triglicérides elevados, e dislipidemia são condições que estão associadas a grande parte dos diabéticos e, consequentemente, ao surgimento das doenças arteriais coronarianas em pessoas que apresentam um desses fatores ou mais.
    Órgãos como os olhos e os rins também podem ser prejudicados, assim como os dentes e os pés, que às vezes precisam ser amputados em decorrência de alguma complicação.
    No caso do diabetes tipo 2, o tratamento envolve, além da dieta restrita, alguns comprimidos que fazem com que a insulina presente seja melhor utilizada e não seja rapidamente eliminada do organismo.

Quais são os principais sintomas do diabetes?

Os sintomas mais comuns do diabetes incluem fome frequente, sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia. No diabetes tipo 2, também pode haver:
• Formigamento nos pés e mãos;
• Infecções frequentes na bexiga, rins e pele;
• Feridas que demoram a cicatrizar;
• Visão embaçada.

Por que o diabetes aumenta as chances de doenças cardiovasculares?

O diabetes resulta num descontrole nos níveis de açúcar no sangue, que, juntamente com a incapacidade de produzir e usar insulina, gera um estado de inflamação.
Este quadro favorece o surgimento de placas de gordura, aumento do colesterol ruim e outras substâncias nas paredes das artérias, restringindo o fluxo sanguíneo.
A insulina, por outro lado, também é responsável por dilatar as artérias. E a sua ausência no organismo causa uma deficiência nesse relaxamento, o que aumenta a pressão nos vasos.
E como o diabetes tipo 2 está ligado à obesidade, cuja consequência é o acúmulo de excesso de gorduras no corpo, as chances para o surgimento das doenças cardiovasculares são altíssimas.
Afinal, o diabético faz o processo de metabolismo da gordura de forma diferente, pois a parede interna ou revestimento interno da artéria (endotélio) perde suas capacidades protetoras.
Esta disfunção endotelial favorece a formação das chamadas placas de gordura, que podem levar ao entupimento das artérias. Isto gera uma série de reações do organismo, que constituem um importante fator de risco para os diabéticos no que se refere ao coração.
Além disso, no caso do diabetes tipo 1, por ser uma doença crônica, há risco constante do próprio sistema imunológico atacar outras células e órgãos.

Quais são os principais riscos do diabetes para o coração?

Com os níveis muito altos de glicose no sangue, os diabéticos podem apresentar muitas complicações, entre elas:
• Aumento do colesterol ruim;
• Maior formação de placas de gordura nas artérias coronárias;
• Maior produção de coágulos obstrutores de artérias;
• Falta de oxigênio no coração, devido à obstrução;
• Insuficiência cardíaca prolongada.

Quando associado a outros fatores de risco, como hipertensão, sedentarismo, tabagismo e histórico familiar, o relacionamento entre o diabetes e o sistema cardiovascular fica ainda mais perigoso, com casos precoces de infarto do miocárdio.

Cuidado: sintomas de infarto podem ser diferentes nos diabéticos

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBC) alerta que os sinais clássicos de infarto agudo podem não ser tão evidentes nos diabéticos. Em alguns casos, as pessoas nem mesmo sentem as dores no peito e a irradiação para o braço, e os sintomas mais frequentes acabam sendo falta de ar (dispneia), mal-estar generalizado, sudorese, náuseas e vômitos, desmaios e, até mesmo, a descompensação da glicose sem causa aparente.
Os pacientes com diabetes também podem ter sintomas diferentes nos casos de AVC. Os sinais mais comuns são a perda ou diminuição súbita da força motora, além da dormência de apenas um lado do corpo. Porém, também podem vivenciar o surgimento súbito de falas arrastadas, confusão mental e troca de palavras.

Como é feito o acompanhamento cardiológico de pacientes com diabetes?

Os pacientes com diabetes devem visitar um cardiologista no mínimo uma vez ao ano. Dependendo do estágio da doença e do seu controle, essa visita pode ser semestral ou até trimestral.
O cardiologista solicitará exames de sangue, para avaliar algumas taxas importantes, como o colesterol (tanto o ruim, LDL, quanto o bom, HDL). Além disso, é altamente recomendado fazer exames cardiológicos, como teste ergométrico (teste de esforço), eletrocardiograma e ecodoppler.
Hoje, o tratamento do diabetes é multidisciplinar e possibilita que as pessoas vivam por vários anos, sem nenhuma sequela da doença, podendo ter uma vida produtiva e saudável. Para isso, é importante que os diabéticos se conscientizem da importância da prevenção.

Como prevenir os riscos do diabetes para o coração?

Embora não tenha cura, o diabetes pode ser tratado e monitorado. O ideal é que o paciente adote hábitos de vida mais saudáveis para prevenir os riscos da doença para o coração, como manter uma dieta equilibrada e nutritiva (diminuindo o consumo de carboidratos e dando preferência a frutas, legumes e verduras, além de grãos integrais e produtos como leite e seus derivados desnatados), praticar regularmente atividades físicas, evitar o excesso de álcool, drogas e cigarro, e respeitar o horário das refeições.
Além disso, ter um acompanhamento médico e usar os remédios que auxiliam no controle do açúcar no sangue de forma correta também são formas de impedir que o diabetes cause danos ao organismo.
O propósito do tratamento, geralmente, é fazer com que o índice glicêmico permaneça o mais próximo possível do considerado adequado. Muitas vezes, isso requer controle do peso, da pressão arterial, do colesterol e da quantidade de gordura no sangue, o que também ajuda a evitar doenças cardiovasculares.
Cada um desses cuidados é determinante para que o diabetes seja completamente controlado e o coração se mantenha saudável.

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