Os hormônios produzidos pela tireoide agem sobre o coração, controlando os batimentos e a força de contração do músculo cardíaco. Consequentemente, tanto o excesso quanto a falta deles pode afetar negativamente o sistema cardiovascular.
Existem dois tipos de disfunção da tireoide: o hipertireoidismo, que produz hormônios reguladores em excesso, e o hipotireoidismo, quando a glândula produz menos do que o necessário.
Essas condições influenciam direta ou indiretamente no coração, principalmente na função cardíaca, nos vasos sanguíneos e nos níveis de colesterol.
Assim, quando uma disfunção ocorre na glândula da tireoide, alterando a produção normal de hormônios, o músculo cardíaco pode ser afetado de diversas formas. Dentre os possíveis problemas estão o aumento no risco de doenças cardiovasculares, como aterosclerose (acúmulo de placas de gordura na artéria) e infarto.

Mas, afinal, o que é a tireoide?

A tireoide é uma glândula que fica localizada na parte frontal do pescoço, logo abaixo do pomo de adão (uma saliência do osso hióide, junto à laringe, um dos órgãos envolvidos no processo da fala), pesa entre 15 e 25 gramas e tem formato semelhante ao de uma borboleta. Ela tem o importante papel de regular as principais funções do organismo e também os órgãos, como os rins, cérebro, fígado e o coração.
Em suma, a tireoide é responsável pela produção de dois hormônios: T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Esses, por sua vez, são encarregados de regular o metabolismo, o humor e controle emocional, a temperatura corporal, o sono, a frequência cardíaca, o funcionamento do intestino e funções cerebrais (como memória e concentração), além de estimular diretamente o desenvolvimento e crescimento das crianças e adolescentes.

Hipotireoidismo e coração

Quando ocorre a diminuição da produção do hormônio da tireoide, ou seja, o hipotireoidismo, o coração enfraquece e seus batimentos ficam mais lentos. Essa situação, por sua vez, tem impacto na redução generalizada dos processos metabólicos.
Tal problema colabora para uma espécie de “contração” dos vasos sanguíneos e o aumento da pressão arterial. Ademais, também é comum a diminuição da resistência ao esforço físico.
O hipotireoidismo pode desencadear o aumento dos níveis do colesterol (especialmente o LDL – colesterol ruim) e, em casos mais graves, provocar insuficiência cardíaca e infarto do miocárdio.
Em suma, além desses sintomas relacionados ao coração, a diminuição na produção dos hormônios da tireoide também pode causar:
• Ganho de peso ou dificuldade para emagrecer;
• Desaceleração dos batimentos cardíacos;
• Alteração de humor, desânimo e até depressão;
• Memória comprometida;
• Distúrbio do sono;
• Pele seca;
• Menstruação irregular;
• Queda intensa de cabelo;
• Cabelos finos;
• Intolerância ao frio (sente mais frio do que o normal);
• Constipação intestinal;
• Inchaço de mãos, pernas e pálpebras;
• Unhas quebradiças;
• Lentidão e sonolência.

É um problema mais comum e possui um desenvolvimento mais lento.

Hipertireoidismo e coração

O hipertireoidismo é causado pelo excesso da produção dos hormônios T3 e T4 pela tireoide. Este aumento faz com que o trabalho cardíaco também cresça, já que os tecidos passam a consumir oxigênio mais rápido que o normal, o que causa maior liberação de produtos metabólicos e uma série de complicações no coração.
Sobretudo, se não for feito um tratamento adequado, o individuo pode apresentar alguns problemas, como taquicardia, fibrilação atrial, elevação da pressão arterial, insuficiência cardíaca, palpitação e AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Dentre os principais sintomas do hipertireoidismo estão:
• Batimentos cardíacos acelerados;
• Arritmia cardíaca;
• Ansiedade, irritação e nervosismo;
• Fraqueza muscular e fadiga;
• Intolerância ao calor (sente mais calor que o normal);
• Intestino solto;
• Emagrecimento inesperado ou dificuldade em ganhar peso;
• Sudorese e tremor nas mãos;
• Perda de apetite.

Influência da alimentação na tireoide

É bom saber que, além dos fatores genéticos, a alimentação também tem influência direta sobre a tireoide. Manter os níveis de micronutrientes equilibrados no organismo é, portanto, uma das formas de colaborar para o bom funcionamento dessa glândula tão importante para o organismo.
Sendo assim, é recomendado manter uma alimentação balanceada com peixes, castanha do Pará, leite e derivados, carne vermelha, entre outros alimentos ricos em selênio (mineral com um alto poder antioxidante). Além disso, é aconselhável dar preferência para alimentos grelhados e diminuir o consumo do sal.
Por outro lado, é fundamental evitar óleos vegetais comuns, açúcar em excesso e alimentos industrializados. Com uma alimentação adequada, dá para manter a saúde corporal e mental em dia.

Como é possível descobrir problemas na tireoide?

Independente de qual dos casos o paciente apresenta, é comum um aumento da glândula tireoide, que é chamada de bócio, ficando com a região um pouco mais elevada.
O interessante é que geralmente as pessoas que sofrem dessa disfunção na tireoide apresentam uma combinação dos sintomas citados acima, o que ajuda na identificação, uma vez que nenhum deles é exclusivo. O diagnóstico é comumente feito por meio do teste de dosagem do TSH (hormônio que controla a liberação do T3 e T4).
Pelo fato de que problemas na tireoide podem ter seu desenvolvimento em qualquer idade, mas principalmente nos mais velhos, o recomendado é que homens acima de 65 anos e mulheres a partir de 35 anos realizem o teste do TSH a cada cinco anos. Já nos idosos, é indicado que ocorra a triagem anual a partir dos 70 anos.
As disfunções também podem ser genéticas, sendo assim, é importante que a gestante realize o teste e que os recém-nascidos passem pelo famoso teste do pezinho.
É válido ressaltar que se o paciente já apresenta algum tipo de problema na tireoide, a triagem deve ser feita com mais frequência, conforme as orientações do especialista.

Tratamento de disfunções na tireoide

Por fim, ao sentir sintomas relacionados a disfunções na tireoide, é importante não hesitar em procurar um endocrinologista para um diagnóstico preciso e tratamento adequado, que, em geral, é feito por meio de medicação para regular a função da glândula.
Uma vez diagnosticado, é essencial manter o acompanhamento com o cardiologista para assegurar o bom funcionamento do coração, durante e após o término do tratamento.

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