O coração é o órgão responsável por bombear o sangue e levar oxigênio e nutrientes para todo o organismo. Ele funciona como uma bomba automática que trabalha dia e noite de forma sincronizada para atender às necessidades do corpo. Quando ocorre alguma mudança na sequência de seu ritmo, os batimentos cardíacos se tornam desordenados, mais rápidos ou mais lentos. Esse tipo de alterações é chamado de arritmia.
Consideradas fisiológicas em algumas situações, essas diferentes cadências podem ser notadas durante a prática de atividade física, o sono e em momentos de estresse. Mas algumas formas de arritmia são consideradas patológicas (doenças) e acometem de 1,5% a 5% da população em geral.
Existem arritmias benignas (mais comuns) e malignas. No caso das benignas, as alterações no ritmo cardíaco podem causar sintomas desagradáveis, como palpitações, sem, no entanto, colocar a pessoa em risco. Já as malignas podem causar mal súbito.

 

O que é arritmia cardíaca?

A arritmia cardíaca é uma condição caracterizada pela alteração no ritmo dos batimentos do coração. Em seu estado normal, o músculo cardíaco se contrai ritmicamente em decorrência dos disparos elétricos de forma regular. Mas quando não há regularidade nos estímulos, há uma perturbação do ritmo do coração, o que origina a arritmia.
Quando as batidas ficam desordenadas constantemente, muito rápidas ou muito lentas, há prejuízos das funções cardíacas e do funcionamento do organismo como um todo.

 

O que caracteriza a arritmia cardíaca?

Existe um ritmo normal de batimentos cardíacos, chamado de ritmo sinusal, que tem uma frequência de 60 a 100 batimentos por minuto (BPM), além de uma pulsação padrão.
Tais frequências podem sofrer alterações, seja por influência externa (cafeína, medicamentos, exercícios, etc.), seja por modificações do próprio organismo (no coração, nos vasos sanguíneos, nos nervos, etc.).
Consideram-se anormais os batimentos cardíacos cujas frequências são muito rápidas ou muito lentas. Em todos os casos, há uma perda do ritmo cadenciado do coração e é exatamente essa irregularidade que caracteriza a arritmia.

 

Tipos de arritmias cardíacas

Os tipos mais comuns de arritmias cardíacas são fibrilação atrial, traquicardia, bradicardia e arritmia ventricular:
• Fibrilação atrial (FA): é o tipo mais comum de arritmia. Ela acomete 30% da população idosa e 1% da população em geral, e também é a mais preocupante. Isso porque ela promove a perda de 25% a 35% de rendimento do coração. Além disso, o órgão não bate, ele “treme”. E tal condição faz com que haja um acúmulo de sangue na cavidade atrial, o que leva à formação de coágulos, que podem entrar na corrente sanguínea e chegar até o cérebro. A consequência disso é o AVC (Acidente Vascular Cerebral), conhecido também como derrame;
• Taquicardias supraventriculares: consideradas benignas, elas decorrem do estresse e da tensão. Entre elas se destacam as extrassístoles, batimentos a mais do coração;
• Bradicardia: são batimentos mais lentos que o normal;
• Arritmias ventriculares: como o coração tem a função básica de bombear, 75% a 80% dessa função é atribuída ao ventrículo esquerdo. Aqui, os batimentos cardíacos se tornam rápidos e desordenados.

 

Quais são as causas da arritmia cardíaca?

A arritmia cardíaca tem causa multifatorial, mas entre os principais fatores de risco é possível destacar:
• Idade;
• Tabagismo;
• Consumo excessivo de álcool e de bebidas energéticas;
• Sedentarismo;
• Sobrepeso e obesidade;
• Apneia do sono;
• Distúrbios de tireoide (hipertireoidismo e hipotireoidismo);
• Hipertensão;
• Diabetes;
• Estresse;
• Tensão emocional;
• Anemia;
• Determinados medicamentos (especialmente para infecções respiratórias e alergias);
• Lesão nos tecidos do coração (infarto ou insuficiência cardíaca);
• Aterosclerose;
• Valvulopatias;
• Predisposição genética;
• Defeitos congênitos;
• Doença cardíaca congênita;
• Doença de Chagas.

 

Sintomas da arritmia cardíaca

Engana-se quem pensa que a palpitação no peito é o único sintoma da arritmia cardíaca. Além das batidas anormais do coração, existem outros sinais de alteração do ritmo cardíaco que podem ser percebidos:
• Sensação de nó na garganta;
• Enjoos e tontura;
• Desmaio;
• Sensação de fraqueza;
• Fadiga;
• Dor no peito;
• Falta de ar;
• Mal-estar geral;
• Queda de pressão;
• Síncope (perda transitória da consciência com recuperação espontânea);
• Dificuldade para se exercitar.

Em alguns casos, os sintomas não estão presentes e o cardiologista só consegue suspeitar de arritmia cardíaca quando verifica o pulso da pessoa, realiza uma ausculta cardíaca ou solicita um eletrocardiograma.

 

Quem deve ficar mais atento à arritmia cardíaca?

A arritmia cardíaca acomete homens e mulheres em qualquer idade e até mesmo na infância e juventude. No entanto, a fibrilação atrial (FA) é mais prevalente entre os idosos e homens, embora também afete ambos os sexos, em todas as idades. Outros fatores de risco para a FA é ser hipertenso, ter arterosclerose ou valvopatias (doenças das valvas).
É possível prevenir a arritmia cardíaca?
Embora nem sempre seja possível prevenir a arritmia cardíaca, a adoção de hábitos de vida saudáveis, que incluem uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios físicos, e atenção aos seus fatores desencadeantes ajudam a reduzir o risco do seu aparecimento.
Outra sugestão é evitar situações que possam desencadear o problema, como o abuso do álcool e do tabaco, além de energéticos. Além disso, o ideal é fazer visitas regulares ao médico cardiologista para uma avaliação.

 

Diagnóstico da arritmia cardíaca

No consultório, o cardiologista investiga o histórico do paciente, faz o exame físico, que inclui a medição da pressão, exame de pulso e a auscultação do coração, e pode recorrer ao eletrocardiograma, exame capaz de mostrar se o problema é ventricular ou atrial e indicar a frequência dos batimentos cardíacos e até a precocidade da arritmia.
Outro exame complementar é o ecocardiograma, em que é realizada a avaliação qualitativa e quantitativa do coração. Ele revela todas as suas dimensões e estruturas, a espessura do músculo, sua força de contração, além de seu regular funcionamento ou não.
O teste ergométrico, conhecido como teste de esforço, realizado na esteira também é imprescindível, especialmente na avaliação cardiológica anterior ao início de alguma prática de atividade física. A razão para isso é que algumas arritmias decorrem de exercícios exaustivos.
Além disso, outro exame que também é frequentemente solicitado é o holter, que permite o registro contínuo do ritmo e da frequência cardíaca durante um período específico de tempo, geralmente 24 horas.
Desta forma, por meio da realização desses exames é possível não só diagnosticar a arritmia, mas também identificar a causa dessa alteração para que possa ser indicado o tratamento mais adequado.

 

Tratamento da arritmia cardíaca

Na maioria dos casos, a arritmia tem cura e o objetivo do tratamento é sempre reduzir ou eliminar riscos e sintomas, variando de acordo com as causas, gravidade, frequência e condições do paciente.
Para algumas pessoas, mudanças no estilo de vida podem ser suficientes.
Em outros casos, intervir na origem da arritmia costuma ser o ponto crucial para cessar a falta de ritmo nos batimentos cardíacos e os sintomas que surgem com ela.
Nos quadros mais graves, as medidas terapêuticas seguidas pelo cardiologista incluem medicamentos antiarrítmicos ou anticoagulantes, procedimentos mais invasivos, como a ablação, e até intervenções cirúrgicas, como o implante de um marca-passo ou cardiodesfibrilador, para ajustar falhas na condução dos estímulos elétricos no músculo cardíaco.

 

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