O termo cardiomiopatia é usado apenas quando um distúrbio afeta diretamente o coração. Outras doenças cardiovasculares, como doença da artéria coronariana e valvulopatias cardíacas, assim como hipertensão arterial, também podem acabar causando dilatação ou espessamento dos ventrículos. No entanto, os especialistas não classificam os problemas no músculo cardíaco causados por essas condições como cardiomiopatias.

Sendo assim, a cardiomiopatia é uma doença primária, geralmente sem relação com outras patologias de fundo, que afeta a anatomia do coração e suas funções. Há alterações no tamanho e estrutura das paredes das câmaras cardíacas inferiores, levando à disfunção dos ventrículos e/ou válvulas cardíacas.

O que é cardiomiopatia?

A cardiomiopatia é uma inflamação do coração que provoca sua ampliação e enfraquecimento. Por estar ampliado, o músculo cardíaco é esticado e torna-se fraco, o que pode comprometer sua capacidade de bombear sangue para a nutrição das células do organismo e poder levar à insuficiência cardíaca, uma vez que as anomalias prejudicam os movimentos do miocárdio.

A maioria das pessoas apenas é ligeiramente afetada pela cardiomiopatia e pode levar uma vida relativamente normal. No entanto, os indivíduos que têm insuficiência cardíaca grave podem precisar de um transplante de coração.

Tipos de cardiomiopatias

Existem quatro tipos diferentes de cardiomiopatia:

  • Cardiomiopatia dilatada

A cardiomiopatia dilatada ocorre quando os ventrículos (as duas câmaras inferiores do coração) aumentam de tamanho. Essa dilatação do órgão faz com que o músculo cardíaco se enfraqueça e não bombeie sangue de forma tão eficiente quanto um coração saudável, para atender às necessidades do corpo, o que pode levar à insuficiência cardíaca.

Esse tipo de cardiomiopatia pode acometer qualquer pessoa, mas é mais frequente em homens entre 20 e 60 anos.

  • Cardiomiopatia restritiva

Na cardiomiopatia restritiva, as paredes ventriculares se tornam rígidas e, por vezes, espessas. Isso faz com que o coração não consiga se contrair e expandir de forma integral para bombear adequadamente o sangue. Como resultado, o fluxo sanguíneo é reduzido.

As pessoas com essa doença costumam ter as câmaras superiores do órgão (átrios) menores que as inferiores (ventrículos).

  • Cardiomiopatia hipertrófica

A cardiomiopatia hipertrófica ocorre quando as células musculares do coração se ampliam e deixam as paredes do órgão mais espessas e rígidas. Isso impede que as câmaras inferiores (ventrículos), se encham de sangue adequadamente, pois as paredes mais grossas não deixam a musculatura do coração relaxar do jeito correto. Como consequência, essa condição pode bloquear o fluxo de sangue para fora do ventrículo.

Esse tipo de cardiomiopatia pode causar morte súbita, principalmente em casos não diagnosticados em crianças e jovens.

  • Cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito

A cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito é um tipo raro, que ocorre quando o tecido muscular em uma parte do coração é substituído por tecido cicatrizado. Este processo perturba os sinais elétricos do músculo cardíaco e causa arritmia.

Fatores de risco da cardiomiopatia

Na maioria dos casos, as causas da cardiomiopatia são desconhecidas. Em outros, é possível identificar alguns fatores ligados ao seu surgimento, como:

· Histórico familiar;

· Pressão arterial alta de longo prazo;

· Problemas nas válvulas cardíacas;

· Danos nos tecidos do coração de um infarto anterior;

· Aumento da frequência cardíaca crônica;

· Infecções virais;

· Condições genéticas;

· Deficiências nutricionais de vitaminas ou minerais essenciais;

· Distúrbio de tireoide;

· Diabetes;

· Alcoolismo;

· Obesidade;

· Uso de cocaína, anfetaminas ou esteroides anabolizantes;

· Utilização de algumas drogas quimioterápicas para tratar câncer;

· Hemocromatose (sobrecarga de ferro).

Quais são os sintomas da cardiomiopatia?

Nos estágios iniciais, as pessoas com cardiomiopatia podem não apresentar sintomas. Porém, conforme a condição avança, alguns sinais geralmente aparecem, de acordo com o tipo de cardiomiopatia:

· Falta de ar durante o esforço ou mesmo em repouso;

· Inchaço nas pernas, tornozelos e pés;

· Inchaço do abdômen, devido ao acúmulo de líquido;

· Tosse;

· Fadiga;

· Arritmia cardíaca;

· Palpitações;

· Dor no peito;

· Tonturas, vertigens e desmaios.

Possíveis complicações da cardiomiopatia

Além da insuficiência cardíaca, a cardiomiopatia pode levar a outras doenças cardíacas, incluindo:

· Formação de coágulos sanguíneos, que podem causar embolia pulmonar;

· Problemas com as válvulas cardíacas;

· Parada cardíaca;

· Morte súbita.

Diagnóstico da cardiomiopatia

O diagnóstico da cardiomiopatia é feito com base em um exame físico e análise do histórico clínico do paciente. Para concluir o diagnóstico, alguns exames podem ser solicitados pelo cardiologista:

· Radiografia de tórax;

· Ecocardiograma;

· Eletrocardiograma;

· Cateterismo cardíaco;

· Biópsia do músculo cardíaco;

· Ressonância magnética;

· Exames de sangue.

Cardiomiopatia tem cura?

A cardiomiopatia não tem cura, mas possui tratamento.

Também há um melhor prognóstico quando a cardiomiopatia é diagnosticada inicialmente, evitando agravos e eventos críticos, como o AVC hemorrágico e a morte súbita.

Para tanto, é essencial que os pacientes sejam acompanhados regularmente por meio de ferramentas como o check-up cardiológico. Além disso, a manutenção de hábitos saudáveis também auxilia na prevenção de quadros graves da doença.

Tratamento da cardiomiopatia

Quando a cardiomiopatia é assintomática, o tratamento, muitas vezes, não é necessário. Em outros casos, tratamentos específicos dependerão do tipo de cardiomiopatia, dos sintomas, causas e gravidade do problema, podendo envolver medicamentos, cirurgia, procedimentos não cirúrgicos e mudanças no estilo de vida.

Dependendo do quadro do paciente, também pode ser utilizado um dispositivo implantável (tal como um desfibrilador cardíaco implantável) ou mesmo um transplante de coração.

Como prevenir a cardiomiopatia?

Por ter causas desconhecidas, em muitos casos não é possível prevenir a cardiomiopatia. No entanto, há como reduzir o risco de desenvolver a doença, evitando alguns fatores ligados ao seu surgimento, como álcool e drogas.

Uma dieta balanceada, controle da pressão arterial e exercícios físicos regulares também são indicações para afastar a possibilidade de ter cardiomiopatia em algum momento da vida.

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