O sopro no coração é uma alteração que provoca o surgimento de um som extra durante o batimento cardíaco, produzido por uma série de vibrações prolongadas, o que normalmente indica apenas turbulência na passagem do sangue, sem que exista alguma doença no coração. Neste caso, a alteração é conhecida como sopro cardíaco inocente e não necessita de tratamento.
Porém, o sopro no coração também pode ser patológico, decorrente de algum problema nas valvas cardíacas, que impede a correta circulação de sangue dentro do coração. Geralmente, é causado quando uma valva cardíaca está com o orifício de passagem reduzido (estenose) ou quando ela não se fecha corretamente e deixa o sangue voltar por um furinho (insuficiência).
O sopro mais comum vem das valvas cardíacas, mas ele também pode indicar falhas nos músculos cardíacos ou uma doença que altere a velocidade do fluxo de sanguíneo, como febre reumática, prolapso da valva mitral ou doenças congênitas.

O que é sopro no coração?

O sopro no coração é o ruído diferente que pode ser ouvido – auscultado durante o exame clínico com o uso de um estetoscópio – no peito de uma pessoa e que é produzido pela passagem do fluxo sanguíneo pelas estruturas do coração.
O sopro acontece quando o sangue precisa passar por um orifício que está menor do que deveria. Assim, como se enfrentasse maior dificuldade para fazer a travessia, a passagem do sangue acaba por emitir o som. O barulho é similar a alguém soprando no ouvido ou uma fresta de janela aberta.
O sopro cardíaco, na maioria dos casos, não é grave. Na verdade, ele não chega a ser uma doença em si, mas um sinal de que algo pode não estar no seu perfeito estado de funcionamento no sistema cardiovascular.
No entanto, há casos mais raros em que ruído estranho percebido nos batimentos do coração pode estar associado a situações mais preocupantes.

Tipos de sopro no coração

Há dois tipos de sopro no coração: o funcional ou fisiológico, que é chamado também de sopro inocente, e o patológico ou anormal.

  • Sopro funcional ou fisiológico (inocente)
    O sopro funcional ou fisiológico não representa nenhuma alteração cardíaca e não está relacionado com doenças, portanto, não necessita de tratamento.
    Esse tipo de sopro geralmente acontece quando o fluxo sanguíneo passa mais rapidamente pelo músculo cardíaco, mas também pode ser decorrente de alguma outra condição, sem relação com problemas cardíacos, tais como febre, anemia ou até mesmo surgir após a prática de uma atividade física intensa. Nestes casos, o sopro some naturalmente.
    Os sopros considerados inocentes são comuns em crianças e estima-se que de 50 a 70% delas apresentam esse tipo de sopro na idade escolar – sem que haja qualquer comprometimento no desenvolvimento saudável dos pequenos.
  • Sopro patológico ou anormal
    Já o sopro patológico ou anormal merece atenção maior, pois pode ser um sinal de problemas no coração e afetar diretamente a saúde do paciente.
    Nas crianças, esse tipo de sopro geralmente é causado por alguma doença cardíaca congênita, como a cardiopatia congênita, defeitos septais nas paredes das câmaras cardíacas ou ainda anomalias na válvula do coração.
    Nos adultos, por sua vez, o sopro patológico ou anormal pode surgir devido a problemas nas válvulas cardíacas (quando o orifício de passagem está reduzido ou quando existe a dificuldade de se fechar), complicações de cardiopatias causadas por febre reumática ocorrida na infância ou por conta de infecções e condições que comprometem as estruturas do coração, como a endocardite.

Quais os sintomas do sopro no coração?

Geralmente, o sopro inocente (funcional ou fisiológico) não é acompanhado por outros sinais ou sintomas, e a sua presença por si só não é grave. Entretanto, quando o sopro é causado por alguma doença que provoca dificuldades no funcionamento do coração (patológico ou anormal), podem surgir sintomas que indicam dificuldades no bombeamento de sangue e oxigenação das células do corpo, sendo os principais:

• Falta de ar;
• Tosse crônica;
• Veias do pescoço aumentadas;
• Inchaço no corpo;
• Falta de apetite;
• Tontura e desmaio;
• Pele azulada (especialmente nas pontas dos dedos e lábios);
• Dor no peito;
• Palpitações;
• Fraqueza;
• Cansaço excessivo;
• Transpiração intensa mesmo sem esforço algum;
• Ganho de peso repentino;
• Intestino inchado.

Em bebês e crianças, é comum notar a dificuldade para amamentar ou se alimentar, debilidade, boca e mãos arroxeadas, perda de peso ou dificuldade para ganhar peso, problemas de crescimento e desenvolvimento atrasado para a idade.

Quais os fatores de risco para sopro no coração?

Conhecer os fatores de risco para as doenças cardiovasculares é fundamental para atuar na adoção de medidas preventivas e também para que o diagnóstico seja o mais assertivo possível. Assim, os fatores de risco para o aparecimento do sopro no coração são:

• Histórico familiar de doenças cardíacas;
• Uso de determinados medicamentos, álcool ou drogas na gestação;
• Doenças durante a gravidez;
• Hipertensão arterial;
• Histórico de febre reumática;
• Radioterapia próxima do peito;
• Endocardite anterior;
• Infarto anterior;
• Hipertensão pulmonar;
• Músculo do coração fraco, que pode ser causado por uma condição conhecida como cardiomiopatia;
• Calcificação da válvula;
• Prolapso da válvula mitral.

Como é feito o diagnóstico do sopro no coração?

Assim como todas as doenças cardiovasculares, o diagnóstico do sopro no coração deve ser feito por um médico cardiologista, durante o exame clínico com um estetoscópio, e também por meio de exames complementares, como raio-x do tórax, ecocardiograma e eletrocardiograma.
Tais exames oferecem informações mais detalhadas sobre a anatomia e o funcionamento do coração do paciente, o que é importante para um diagnóstico mais preciso e para investigar a possível causa do sopro.
Com esses procedimentos, por exemplo, é possível examinar o tamanho do coração, o aspecto e funcionamento da válvula, a pressão e velocidade do fluxo do sangue, entre outras informações.

Como é o tratamento para sopro no coração?

Um sopro cardíaco inocente geralmente não requer tratamento, pois o coração é absolutamente normal e o ruído tende a sumir naturalmente. Assim, é possível viver a vida sem restrições.
Já nas situações em que o sopro é patológico, dependendo da gravidade, o tratamento deve ser realizado conforme o problema no coração diagnosticado.
O médico cardiologista pode receitar medicamentos que regulem os batimentos cardíacos e a pressão arterial, que evitem a formação de coágulos no coração, ou mesmo que ajudem a diminuir os níveis de colesterol no sangue.
Opções cirúrgicas também podem ser necessárias dependendo do caso do paciente, como quando é necessário fazer a manutenção ou substituição de alguma válvula cardíaca que foi danificada.

Prevenção para o sopro no coração

Alguns hábitos de um estilo de vida mais saudável podem prevenir o sopro no coração:

• Controlar a pressão arterial e colesterol;
• Ingerir alimentos mais saudáveis e evitar frituras, sal em excesso e processados;
• Consumir bebidas alcoólicas com moderação;
• Praticar exercícios físicos regularmente;
• Reduzir o estresse;
• Não fumar.

Visita ao cardiologista

É importante avaliar o histórico familiar de cada paciente. Caso existam fatores de risco, a visita ao cardiologista deve começar a acontecer a partir dos 35 anos para os homens.
As mulheres costumam ter doenças cardíacas mais tarde. Por isso podem visitar o cardiologista a partir dos 45 anos.
É claro que na presença de sintomas a recomendação é procurar o cardiologista o mais rápido possível. De qualquer forma, em todos os casos é fundamental fazer uma avaliação.

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